Alter do Chão (Santarém)
Alter do Chão é um dos distritos administrativos do município de Santarém, no estado do Pará. Localizado na margem direita do Rio Tapajós, dista do centro da cidade cerca de 37 quilômetros através da rodovia Everaldo Martins (PA-457). É o principal ponto turístico de Santarém, pois abriga a mais bonita praia de água doce do mundo segundo o jornal inglês The Guardian, ficando conhecida popularmente como Caribe Brasileiro. A origem do nome é uma homenagem à vila portuguesa de Alter do Chão.
Praias em Alter do Chão
Nas margens do rio Tapajós e do Lago Verde, em Alter do Chão, existem diversas praias. A mais famosa delas é a praia de mesmo nome do distrito, localizada em uma península com terrenos arenosos e inundáveis e também conhecida como Ilha do Amor. Existem também praias menores, como Cajueiro, na orla do distrito.
Alter do Chão também é a porta de entrada para outros balneários, como Pindobal e Porto Novo, em Belterra, e Ponta de Pedras, em Santarém.
A Ilha do Amor com certeza é a grande atração e cartão postal entre as praias de Alter do Chão. Localizada bem em frente à orla da cidade, ela não é uma ilha de verdade, mas um braço de areia bem estreito que divide o Lago Verde, à direita, e o Rio Tapajós, à esquerda. Quanto mais baixo o nível do rio e do lago, maior a ilha fica. Em novembro, auge da estação seca, é possível atravessar a pé desde a cidade, com água indo até o nível das coxas. Ao longo do ano, basta procurar pela placa da Associação dos Catraieiros, bem no centro da orla, e pegar um barco a remo para fazer a travessia.
A Ponta do Cururu é uma das praias de Alter do Chão que fica mais próxima da Ilha do Amor, a uma distância de apenas 5 quilômetros ao norte em linha reta. Não há acesso por carro, então é preciso contratar um tour ou transporte de barco particular para visitá-la. São cerca de 20 minutos de viagem desde o píer da ATUFA. Esta belíssima praia é uma se
mi-baía, cuja extensão na época de seca pode chegar aos 2 quilômetros. Isso porque a ponta de areia avança sobre o rio na medida em que o nível das águas baixa. É nela que a grande maioria dos barcos atraca para deixar os turistas, seja para um passeio de poucos minutos, seja para passar o dia. Mas a praia costuma ser calma e deserta na maior parte do tempo, com exceção do pôr do sol. É nesta hora do dia que os tours para Ponta de Pedras fazem aqui sua parada final e todos assistem deslumbrados ao entardecer nas águas do Tapajós.
A Ponta do Muretá é outra das praias de Alter do Chão que fica mais próxima da cidade, sendo que está localizada a menos de 5 quilômetros ao sul em linha reta. Não há acesso por carro, então é preciso contratar um tour ou transporte de barco particular para visitá-la. São cerca de 15 minutos de viagem desde o píer da ATUFA. Assim como a Ponta do Cururu, trata-se de uma semi-baía que termina em um banco de areia que forma uma ponta e vai se enveredando pelo rio na medida em que a seca avança. A principal diferença entre as duas é que no Muretá a areia é mais branca e a vegetação, mais rasteira. Além disso, há um lago por trás das árvores, a poucos metros da praia. Mas, nas restantes, as duas praias são mesmo muito parecidas. O Muretá também costuma ser calmo e deserto na maior parte do tempo, com exceção do pôr do sol. É nesta hora do dia que os tours para Lago Verde e FLONA fazem aqui sua parada final para ver o entardecer nas águas do Tapajós.
Ponta de Pedras é uma das praias de Alter do Chão com mais infraestrutura e acesso facilitado aos turistas. Por isso, não espere muita calmaria por aqui em qualquer parte do dia. Ela está localizada a menos de 10 quilômetros ao norte de Alter em linha reta e a 27 quilômetros via rodovias. Para chegar até a ponta de carro, o acesso é pela PA-457 nos primeiros 15 quilômetros e, depois, por estrada de chão batido. O trajeto leva cerca de 35 minutos no total. De barco, por volta de 30. A Ponta de Pedras ganhou este nome por causa das rochas que surgem na ponta do banco de areia que se forma rio adentro quando o volume de águas baixa. Ao longo da faixa de areias douradas, cerca de uma dúzia de restaurantes instalou guarda-sóis de palha e cadeiras para acomodar os visitantes enquanto fazem sua refeição ou apenas bebericam cerveja gelada com os pés nas águas mornas do Tapajós.
A Ponta do Caxambu fica muito perto da Ponta do Muretá, menos de cinco minutos para o sul de barco. Podemos dizer que trata-se da prima menos famosa, hehe. Mas a verdade é que as duas são muito, muito parecidas, até pela proximidade. Não há acesso por carro, então é preciso contratar um tour ou transporte de barco particular para visitar o Caxambu. Se a viagem for feita diretamente desde o píer de Alter, e não do Muretá, são cerca de 20 minutos de barco. Assim como as outras pontas de Alter, trata-se de uma semi-baía que termina em um banco de areia e vai se enveredando pelo rio na medida em que a seca avança. Também se repetem o cenário de areias brancas, vegetação rasteira e um lago logo atrás das árvores, a poucos metros da praia. A única diferença entre as duas é a fama. Por algum motivo desconhecido, ninguém para para ver o pôr do sol no Caxambu, embora ele tenda a ser exatamente igual à praia vizinha.
O Lago Preto ou Lago do Taparí fica muito perto da Ponta de Pedras e também pode ser acessado por terra. Ela está localizada a menos de 10 quilômetros ao norte de Alter em linha reta e a 26 quilômetros via rodovias. Para chegar até o lago de carro, o acesso é pela PA-457 nos primeiros 15 quilômetros e, depois, por estrada de chão batido. O trajeto leva cerca de 30 minutos no total. De barco, por volta de 35. No fim, ainda é preciso caminhar por uma trilha de terra para chegar à beira da água, pois o local é preservado pelas comunidades ribeirinhas. Por isso, apesar do acesso ‘facilitado’ – pelo menos em termos de Pará – não há quase ninguém por lá a não ser os grupos que fazem parte dos tours para Ponta de Pedras ou quem está hospedado nos hotéis próximos e que pode ir andando até a beira do lago.
Pindobal é uma das praias de Alter do Chão mais famosas e disputadas por turistas. Nem preciso dizer que calma e sossego não existem por aqui, não é mesmo? Assim como Ponta de Pedras ao norte, Pindobal é o point de parada para almoço ou petiscos nos tours para o sul. Como o acesso por terra é fácil – são só 15 minutos de carro pela Estrada do Pindobal -, o lugar está sempre movimentado, mesmo nos dias de semana, e fica absurdamente lotado nos sábados, domingos e feriados. De barco, são cerca de 30 minutos de viagem desde o píer da ATUFA. O bom é que o apetite vai abrindo no caminho, e você chega ao Pindobal pronto para aproveitar seus restaurantes pé de areia. A infraestrutura é basicamente a mesma que pode ser vista na Ponta de Pedras: ao longo da faixa de areias douradas, cerca de uma dúzia de restaurantes instalou barracas de palha e cadeiras para acomodar os visitantes enquanto fazem sua refeição ou bebericam cerveja gelada.
Maguari esta é a mais distante das praias de Alter do Chão que você não pode perder e garantimos que a distância de 45 quilômetros para o sul vai valer a pena! Maguari está localizada na Floresta Nacional (FLONA) do Tapajós, uma unidade de conservação ambiental que fica no município de Belterra. Ela pode ser acessada tanto de carro – são cerca de 1h10 de viagem parte por estrada asfaltada e parte de chão -, quanto de barco, embora seja um longo e cansativo trajeto de cerca de 50 minutos pelas águas do Tapajós. A praia de Maguari faz parte do tour para a FLONA, durante o qual se faz uma trilha pela floresta, e que também passa por outras praias da região, como Aramanai e Cajutuba. Mas ela é tão encantadora que merece uma visita à parte, apesar da distância. De barco, este pode se tornar um passeio bem caro, então talvez o carro seja a melhor opção.
Festa do Sairé
O festival folclórico conhecido como Festa do Sairé é o mais importante do município de Santarém. Durante o período de festejos, ocorre o sincretismo entre os rituais religiosos ligados ao catolicismo e os profanos, estes últimos de origem indígena e enraizados entre os atuais habitantes. Lendas regionais, como a do boto amazônico, também são representadas.
A Festa do Sairé acontece todos os anos Vila Balneária de Alter do Chão, em Santarém (PA) sempre no mês de setembro, durando cinco dias, começando em uma quinta-fera e terminando em uma segunda-feira. O efetivo período varia a cada ano. Toda a trama e coreografia da festa do Sairé em Alter do Chão é uma manifestação que mistura elementos religiosos e profanos, começando com o hasteamento de dois mastros enfeitados com frutas regionais, no qual homens e mulheres o disputam separadamente, seguido de ritual religioso e danças folclóricas desempenhadas pelos moradores do balneário. No último dia, na segunda-feira, ocorre a “varrição da festa”, a derrubada dos mastros e a “cecuiara” (almoço de confraternização), entre outros eventos. A programação termina à noite, com a festa dos “barraqueiros”. Atualmente a festa conserva muito pouco da sua originalidade. Ganhou destaque também com o Festival dos Botões, disputa existente entre o Boto tucuxi e seu rival, o Boto-cor-de-rosa, cetáceos típicos da América do Sul.
Ritual dos botos
o folclore dos botos Tucuxi e Cor-de-Rosa gira em torno da sedução, morte e ressurreição destes personagens, entre lendas regionais, tribos indígenas, a Cunhantã-iborari, a Principaleza do Lago Verde, a Rainha do çairé, o Tuxaua, o Pajé e os pescadores. O enredo tem ideologia ecológica, pois ressalta a natureza, em especial o Lago Verde, palco da trama. E quando o boto é morto por ordem do Tuxaua, pai da Cunhantã-iborari, que foi engravidada pelo golfinho amazônico, recai sobre ele a fúria dos maus espíritos da região. Por isso, a pedido do próprio Tuxaua, vem o Pajé e ressuscita o boto. É a apoteose do folclore durante o festival.
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